Princípios básicos do treinamento



Durante o processo de treinamento, qualquer negligência nos tipos de preparação física, técnica, tática e psicológica pode interferir no desempenho da performance. Portanto, o ideal seria saber como trabalhar cada fator e em que momento do treinamento o fator tem maior importância, para assim termos a evolução do time e da performance (HERNANDES, 2002). Na planificação do treinamento, existem vários métodos e propostas, porém a base pode ser exemplificada em dois grupos: periodização do treinamento e os princípios básicos do treinamento. Hernandes (2002) propõe os seguintes princípios básicos do treinamento que devem ser considerados:

a) Especificidade do treinamento - onde o exercício proposto no treinamento é que determina a transferência (negativa ou positiva) ou não da performance;

b) A individualidade biológica - é outro princípio importante, pois cada organismo responde diferentemente em níveis de adaptação e a um estímulo. Justamente por isso, o programa de treinamento deve ser baseado na capacidade de cada um, para que não existam metas inatingíveis ou aconteça uma decepção com a performance.

c) Estímulos - a necessidade de tempos adequados para realizar a supercompensação, devido aos diferentes estilos. Ao mesmo tempo em que ele sofre estímulos, é necessário a regulação da intensidade dos mesmos, pois senão poderá ocorrer a estabilidade da performance e do organismo.

d) Sobrecarga - deve haver diferentes combinações de volume e intensidade, permitindo sempre uma recuperação do organismo. Devidos aos treinamentos e a estes estímulos, podemos perceber que o organismo necessita de recuperação, e que estas diferenças no tempo de recuperação são chamadas de heterocronismo de recuperação.

e) Adaptação - onde existem três fases: fase de alarme, de resistência e de exaustão, nas quais os estímulos podem ser aplicados em quatro situações.

Seriam estas: antes da recuperação energética inicial, no momento dessa recuperação energética, no momento em que o organismo realizou a supercompensação e após o organismo ter realizado a última fase. Além disso, para que o treinamento seja ideal, o planejamento deve seguir uma progressão baseada de acordo com as teorias de treinamento e as variáveis fisiológicas utilizadas, fazendo assim uma planificação do conteúdo. Somente a planificação não é suficiente para que a performance seja ideal.

O treinamento deve haver um comprometimento, para que os níveis de performance que estão estabilizados, sejam otimizados. As interrupções feitas certamente afetarão a performance e qualidade do treinamento, quebrando assim uma continuidade. O atleta deve ter consciência do treinamento, e se interessar e compreender os conteúdos aplicados. Este conhecimento deve ser acessível ao intelecto de cada atleta, podendo ser útil na aprendizagem e no aperfeiçoamento de técnicas.

A realidade do atleta é totalmente importante para o planejamento do treinamento, onde a não especificidade acarretará o desgaste e a performance abaixo do nível esperado.

Para isso, o conhecimento aplicado no treinamento deverá ser adequado, para que além da aplicação correta das cargas, haja melhoria da qualidade de vida.

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